04/11/19
As verbas que a Globo oculta
A resposta da Rede Globo ao presidente Jair Bolsonaro, sobre as verbas de governo, é de morrer de rir.
Bolsonaro lembrou que a tevê recebeu “bilhões” do Governo Federal nas gestões de Lula e Dilma, do PT, e por isso o persegue.
A Globo alegou em sua resposta que “nunca dependeu de verbas de governos”.
Mas os dados oficiais mostram que ela recebeu R$ 9,4 bilhões, com “b”, diretamente do governo federal nas gestões de Lula e Dilma, até 2016; mais R$ 7,1 bilhão das estatais.
O total chega a R$ 16,5 bilhões em verbas federais dos governos petistas das quais a Globo alega "não depender". Como comparação, este foi o custo da usina de Belo Monte.
O valor anual, que no último ano de FHC foi de R$ 458 milhões, passou para R$ 663 milhões com Lula e R$ 734 milhões com Dilma.
A partir de 2017, com Temer, ninguém sabe quanto foi investido.
Isso porque ele extinguiu o órgão que coletava e fazia as estatísticas dos gastos do governo com publicidade. A partir dai virou caixa preta.
Mas esta cifra bilionária da Globo é só das emissoras próprias do grupo. Lembrando que o valor recebido é maior que todo o faturamento da Globo em um ano, cerca de R$ 10 bi.
E ele pode ser ainda muito maior se considerada a publicidade do governo federal nas 116 afiliadas, que repassam à Globo metade da verba.
A RBS, de SC e RS, por exemplo, recebeu R$ 64 milhões e a Rede Bahia outros R$ 50,9 milhões nos 12 anos do PT na presidência.
Também não estão computados nos R$ 16,5 bilhões as verbas de publicidade nas rádios, jornais, sites e tv por assinatura que pertencem ao Grupo Globo. O jornal, por exemplo, faturou R$ 217 milhões com o PT na edição impressa mais R$ 10,1 milhões com a edição online.
A revista Época, do grupo, levou R$ 167 milhões. Os sites G1 e Globo.com receberam dos governos petistas mais R$ 69,8 milhões em anúncios.
Um detalhe que chama a atenção é o reforço da injeção de dinheiro nos veículos “aliados” nos anos eleitorais.
Na reeleição de Lula e na eleição e reeleição de Dilma os valores subiram bastante.
Outro detalhe é que o PT fala em “democratizar a mídia”, mas concentrou 90% os gastos em 4 tevês, 4 jornais, 4 sites, 2 rádios e 4 revistas, pertencentes a meia dúzia de grupos.
O PT pode até alegar que a Globo é líder, etc. É desculpa furada, já que as verbas eram muito superiores à proporção da audiência. Mas não existe justificativa, nem esfarrapada, para o caminhão de dinheiro que Lula e Dilma despejaram na revista Carta Capital, porta-voz da esquerda e do partido.
A Carta Capital circula com apenas 30 mil exemplares, às vezes 28 mil, mas recebeu R$ 60 milhões nos governos deles.
A média foi de R$ 5 milhões por ano, quase R$ 100 mil em cada edição. Mas alguns anos chamam a atenção, como 2009 e 2011, ambos com R$ 7,4 milhões cada um.
A Folha de São Paulo, outra órfã dos governos petistas, faturou R$ 12.903.000 só com a edição online, até 2014. Outros R$ 197.570.000 ela recebeu em anúncios na edição impressa, que tem apenas 300 mil exemplares, vendidos praticamente só em São Paulo.
Importante ressaltar que não é pecado receber verba pública de publicidade e que a Globo ou a Folha não pode, nem deve, mudar seu jornalismo em relação ao governo só porque ele está anunciando nela.
Nenhum veículo deve misturar sua linha editorial com o resultado comercial.
Mas montar matérias onde o texto desmente o título, colocar insinuações como se fossem verdade, boatos como fatos, fazer matéria sabendo que os dados são inconsistentes ou falsos, usar material obtido ilegalmente, atacar adversários de quem pagava, entre outras atitudes cometidas por Globo e Folha, é envergonhar o jornalismo brasileiro.
A Folha de São Paulo, que tecnicamente faz o melhor jornalismo impresso, e a Globo, que tem o melhor padrão de qualidade técnica, jogam no lixo sua credibilidade para apostar na volta de um grupo corrupto.
Uma facção criminosa que destruiu a economia do país, assaltou nossos impostos e bateu nossa carteira.
Uma vergonha, senhores. Uma vergonha.