19/11/21
A escola de Hitler venceu
Governos de vários países aproveitam a pandemia para aumentar o controle sobre a população e alguns estão criando o sub-cidadão, o que optou por não tomar uma vacina sobre a qual nada se sabe dos efeitos a longo prazo. O sub-cidadão terá menos direitos que os outros, apesar das garantias dadas pela Constituição de cada país, ignorada.
Não é a primeira vez na história. Basta lembrar Hitler e a identificação dos judeus, ciganos e negros como cidadãos sem os mesmos direitos dos brancos. Ou o apartheid da África do Sul, onde negros tinham menos direitos. Ou a segregação nos Estados Unidos até os anos 60. A Índia ainda tem cultura de castas, onde mesmo o contato entre elas é proibido.
Mas esta é a primeira vez em que países tidos como democráticos e igualitários usam a segregação como instrumento de controle social, algo impensável e, para mim, inaceitável. Mesmo que houvesse garantia de que as vacinas não terão nenhum efeito ruim daqui a cinco, seis anos, segregar os não vacinados é uma forma de ditadura.
Sem contar que a maioria vacinada não corre nenhum risco de ser infectada pela não vacinada, um ponto óbvio mas sempre deixado de lado na comunicação dos governos que querem controlar os eleitores.
Me incomoda ver pessoas que se dizem contra o racismo, a homofobia, a xenofobia, todas elas maneiras de segregar os diferentes, apoiar os governos que agora querem separar vacinados de não vacinados, tornando o segundo grupo uma espécie de pária social, impedido de comer num restaurante, entrar num cinema ou num escritório.
No Brasil a coisa já caminha para uma situação só vivida antes em ditaduras, com a negação do direito à Justiça. Vários tribunais, inclusive trabalhistas, estão proibindo a entrada de pessoas não vacinadas nos foruns, mesmo para audiẽncias em que são parte. Significa que perderão as causas por "não comparecimento" compulsório.
A censura prévia, outra característica das ditaduras, abolida no Brasil pela Constituição de 88, voltou a pleno vapor. Ministros do STF proíbem qualquer pessoa de defender a liberdade de escolher se adota ou não um procedimento médico, se toma ou não um remédio ou vacina. Direito garantido pela Constituição.
Quem questiona a falta de segurança futura das vacinas ou mesmo sua eficácia (só "comprovada" pelos próprios laboratórios que as produzem) é proibido de se expressar. Sua opinião só é livre se for igual à dos que mandam. Sua liberdade de expressão só existe se concordar com o que os detentores do poder querem (hoje, o STF).
Se tem perfil em redes sociais, ele é cassado. Se dá entrevistas, fica proibido de fazer isso. Se insiste, é preso sem processo, sem julgamento, sem condenação. Não é apenas no Brasil, mas aqui é mais escadaloso porque a grande mídia, que tem o dever de informar, acata a censura "dos outros" e não denuncia os abusos por militância política.
Deviam ler A Revolução dos Bichos, de George Orwell, para entender que, se hoje a censura e a segregação é contra um grupo, amanhã poderá ser contra outro. Se os governos impõem a vacina como condição de ter os direitos que deveriam ser de todos, no futuro outras exigências serão feitas, porque a porteira foi aberta.
O resultado, a médio prazo, pode ser a "chineização" do Brasil, com cada passo do cidadão monitorado por um aplicativo de uso obrigatório para ter plenos direitos. Se não usar o app 24h por dia, voce será impedido de viajar, de entrar em restaurantes, de ter acesso a um forum. Isso é realidade na China, através de um sistema de pontuação.
Pisou na grama? Perdeu um ponto. Atravessou fora da faixa, perdeu outro. Vai viajar? Depende de quantos pontos negativos voce acumulou. Hoje, o brasileiro terá que usar o comprovante virtual da vacina para ter direitos. Amanhã pode ser um aplicativo como o chinês e outras exigências.
Caso não tenha percebido, o ponto central não é a vacina, muito menos a "segurança da saúde coletiva", e sim a perda de direitos. Nossa Constituição, já pesadamente pisoteada, todos os dias, pelo STF, não vai sobreviver com a carga extra dos governos estaduais eliminando os direitos que deveriam ser protegidos por ela.
Mesmo vacinado, cada cidadão deveria se rebelar contra o "passaporte da vacina" ou restrições para quem não está vacinado. Porque se hoje ele é o cidadão de segunda classe, amanhã poderá ser voce.